Meu reino por um insulto

Meu caro estafermo, venho por este modo fazer-te saber que embora o tom coloquial que uso não seja meu, pedio-o emprestado durante muito tempo, e planeio fazer dele bom uso!
Outros há, que tentando aproximar o seu discurso inverterbrado e disconexo a um português aceitável, não andam senão a arremessar areia para os olhos dos leitores mais desatentos. No entanto há que reconhecer progressos invejáveis na fluidez da tua prosa, um admirável aumento de vocabulário e uma participação muito activa para aquilo que seria de esperar.
Considero ainda assim, que o nível e acutilância dos teus insultos decresceu e que, talvez pela distância geográfica ou pelas ressacas delirantes de que deves padecer, nada daquilo que disseste teve o impacto que esperava. Eu sei que o veneno habita a tua língua e a crítica te povoa o espírito. Eu quero acreditar que consegues passar para o papel (!) tudo aquilo que passa nessa depravada psique e que consegues canalizar para a crueldade todas essas energias cósmicas e frequências vibratórias que edificam os filmes da tua vida.
Tenho a certeza que o tom vai subir e o nível vai descer, como sempre foi nosso desejo, e que muito mais se revelará, depois de assistirmos ao emergir da ponta do iceberg!

O Maior