A PONTA DO ICEBERG

Thursday, July 28, 2005

Absolutamente inacreditável, a qualidade da decisão politica (e por conseguinte a qualidade dos nossos politicos), neste país... Estamos em crise? A nossa qualidade de vida nunca foi tão má? Então vamos a construir mais projectos megalómanos...
 
1º - TGV: este brinquedo para ser autosustentável e justificar o investimento teria que ter 10 milhões de passageiros ao ano (se forem 500 mil já é uma sorte)! O traçado defenido foi imposto pelos lobbys empresariais do Norte (não que os do sul sejam melhores - A cimenteira por ex.) Ora, este traçado não permite nunca as velocidades a que o comboio deveria circular, pior, obriga a velocidades variáveis (e as despesas sempre a aumentar...) pelo que a ser feito a unica ligação justificável é a de Lisboa-Madrid. Mesmo com as ajudas comunitárias a maior fatia do bolo será pago com dinheiro público!?! O prof. do ex ministro das finanças fez as contas e dará algo como 10 mil € por contribuinte !????! Quantas pessoas neste paízeco da tanga entrega um IRS com valores mt superiores a isso?
 
2º- Aeroporto da Ota? É outro alqueva, outro projecto do tempo de Salazar...
Alguém está a imaginar o turista, o empresário, ou seja quem for a querer suportar o transito em hora de ponta para chegar a Lisboa? Em alverca temos uma infraestrutura optima e pronta a ser adaptada. A pista é paralela ao aeroporto da portela em Lisboa e tudo... Segundo o actual administrador da TAP (e unico com provas dadas de sucesso administrativo nos ultimos... 25 anos?) este seria uma boa alternativa pq permitiria desviar todo o tipo de pequenos aparelhos (usados maioritáriamente por empresários e turistas) para alverca, e que até está a um pequeno passo de Lisboa... Já referi a diferença de investimento numa e noutra solução?...
 
Em conclusão, volvidos 31 anos sobre a revolução, estamos outra vez nas mãos de uma classe demasiado acomodada ao poder e à falta de responsabilização sobre os seus actos...
 
Revolução já!
A estratégia francesa da guilhotina é apoiada pelo alto patrocínio
da Ponta do IceBerg.
 
 
 
Barba Ruiva

Thursday, July 07, 2005

North by Northwest (Alfred Hitchcock) [nada a ver, mas...]

Há coisas que quanto mais tentamos entender menos conseguimos perceber. Há sim! e também não são fáceis de explicar! E quando as coisas não são fáceis de explicar o que é que fazem os pobres de espírito? Escrevem posts destes! Vagos, e sem rumo definido, vazios e sem razão aparente, mas terapêuticos e muito úteis para manter uma "sanidade" mental que provavelmente nunca chegou a existir!
O assunto que me assombra neste momento é a constatação da minha aparente tendência para Sul. As evidências estão à vista e as provas são mais que muitas. Se é verdade que na migração para Sul encontro alguma pacificação dos tortuosos pensamentos que me assolam nos meses de Inverno, também é verdade que do Sul vêm as brisas refrescantes que temperam o ambiente da minha vida amorosa. Não obstante a opinião que sempre mantive sobre o povo fluorescente e radioactivo da margem Sul, parece que o marisco do Seixal exerce em mim um efeito encantatório somente comparável ao canto das Sereias ou ao efeito da Kriptonite no senhor de lycra azul e tanguinha vermelha!( brilhantemente intepretado pelo nosso bom amigo Hugo no Carnaval de 1990).
Não quero no entanto que se confunda uma tendência para Sul com uma tendência para baixo (uma vez que lemos os mapas virando o Norte para cima e o Sul para baixo). Aliás, foi precisamente por isso que deliberámos há uns tempos que inverteríamos essa convenção e passaríamos a designar o Sul como cima e o Norte como baixo. Apenas para sermos diferentes, ou, para sermos rigorosos, uma vez que quando vamos para Sul subimos alguns degraus na nossa disposição e nos nossos "social skills". A isso sim, podemos chamar estar "lá em cima no Alentejo"! ou será que deveríamos dizer: estar "lá em cima na ponta-do-iceberg?" Deixo a questão aberta a opiniões exteriores e comentários interiores. ou vice-versa. ou então não. ou sim. Como preferirem...


Tyrone da Silva, grande libertador da média-burguesia e Mestre Espiritual dos pombos do Largo de Camões.